VIRTUDE

Da mesma forma que existem tribunais de justiça para condenar ou absolver réus, deveria existi-los para conferir ou negar haveres aos bons que, isentos de crimes ou vícios trabalham silenciosamente a favor do bem comum. É que neste mundo atribulado os homens sentem mais prazer, volúpia até, em julgar apenas os defeitos de seus semelhantes, jamais as virtudes que costumam ser deslembradas, diminuídas e, às vezes, enxovalhadas. (16-4-51)

É tudo tão perfeito na natureza, todas as coisas, com suas virtudes ou defeitos, e ta propositadamente presentes que só mesmo uma inteligência sobre-humana poderia tê-las engendrado. Essa inteligência é Deus! (3-9-51)

Eu morreria imensamente feliz se, no momento extremo, o Bom Deus me permitisse observar em meus filhos três virtudes preciosas: Saúde — Bondade — Sabedoria.

Como “conheci” Vitor Hugo — Freqüentava eu a Escola de Comércio “Moraes Barros”, de Piracicaba, no ano de 1929, quando um dia encontrei-me com outro aluno da mesma escola, no velho jardim público daquela cidade. E, ali mesmo, na calçada fronteiriça da Igreja de Santo Antonio, debaixo de uma árvore enorme, esguia e de pouca ramagem, começamos a conversar. Nunca pude me recordar do nome daquele meu passageiro amigo, lembrando-me , porém,  sempre da conversa que mantivemos e parece-me vê-lo ainda, de terno azul, atravessar a praça, afastar-se e sumir debaixo do arvoredo lateral, depois de olhar para trás e me ver, estático, absorto, no mesmo lugar em que nos havíamos despedido. É que estivéramos falando de romances amorosos e ele me dissera no final da conversa: “Eu não... eu não gosto desses romances! Eu só leio romances históricos! É pena que esses romances não são para qualquer um. A maioria não os lê porque não entendem facilmente o que está lendo, escrito. Por exemplo, os livros de Vitor Hugo são assim. A gente está lendo, de repente muda completamente, dando impressão até de que faltam folhas. Para explicar uma coisinha de nada, tem 20, 30 ou 50 ou mais páginas. Sei de muita gente que não leu até o fim, não porque os romances eram muito grandes, mas sim pela dificuldade de os compreender. Eu Não! Eu leio tudo, não deixo uma linha sequer, porque esses é que são romances elevados, neles é que se nota a inteligência, a sabedoria e a capacidade do escritor...” Aquelas palavras me impressionaram tanto que, meditando sobre  as virtudes de tais romances eu fiquei ali imobilizado, encantado! Anos depois, achando-me em Santos, deparei com um livro do “misterioso” escritor. Não há dúvidas que comprei o volume — O Homens do mar — demorando muito para terminar a sua leitura, um ano talvez. Mas, me agradava tanto a sua maneira de descrição que eu assinalava todos os trechos, as sentenças, os pensamentos que mais fundo calavam em meu espírito. Mais tarde o reli, e comprei novos volumes do mesmo autor, e tão grande se tornou minha admiração por seus escritos, que em todas as livrarias que eu visitasse, ia logo perguntando: Tem aí algum livro de Vitor Hugo?” Foi assim que, através de palavras singelas de um amigo anônimo travei conhecimento com as obras de Vitor Hugo e aquele meu amigo, no dizer do próprio pensador francês se assemelhou ao humilde lanterneiro que, andando pelas estradas da vida, em noites escuras, iluminava, não só a sua rota, mas também, sem o querer, as coisas que se achavam à margem do caminho. (20-6-52)

Religiões – Como há imitações de tudo quanto existe, inventaram também várias de Deus e deram-lhe o nome de “religião”. Como qualquer imitação, as do Criador Todo Poderoso revestem-se de todas as virtudes do próprio Deus; assim, qualquer religião é por origem e fundação, boa, mas no fundo não deixa de ser imitação, e não escapa, se estudada atentamente, de ter defeitos congênitos. Por isso não combato nenhuma religião e reconheço que Deus é Deus, suprema perfeição, sabedoria e bondade! E dizer-se que, neste mundo, há homens letrados, que se dizem sábios (pobres sábios) que não crêem em Deus! ( 6-10-52 )

Precisamos reconhecer que nossos defeitos são defeitos e que as virtudes dos outros são virtudes. Do contrário não existirá o espírito de compreensão e amizade. (10-1-53)

Casa mal-assombrada” escrevi em outro dia. Infelizmente Rio das Pedras não começou a progredir antes em virtude dos preconceitos do “Não vai...”,   “Não sai disso...”, “O tempo melhor já passou...”, “O agora é tarde...” e outras expressões negativistas, muito admissíveis quando a ignorância consegue corporificar as superstições. ( 10-3-53 )

“O que é a verdade?” — É o objeto ser 100% igual à qualificação que se lhe dá. Mas, a verdade, pura e simples, há de ser a situação ideal, isto é, a perfeição, sob todos os aspectos. Assim, quando Jesus disse “Eu sou a verdade”, afirmou: “Eu sou a justiça, a virtude, a bondade, a coragem, a fortuna, a serviço do bem comum” ( 10-7-56 )

Feliz o que tendo por bússola a fé, se conduz no caminho de bondade e da virtude, sob a inspiração e proteção do timoneiro supremo: Deus! (28-8-57)

Ouro é sempre ouro! Pode ser coberto por toda a lama do mundo; se examinado a qualquer tempo provará que jamais deixou de ser ouro. Assim é a virtude: pode, como o sol, encobrir-se à passagem de uma nuvem ou durante uma noite. Mas depois ressurgirá com o mesmo brilho que lhe é natural, graças a Deus. (10-11-57)

Meditação sobre o erro. Quem comete um erro pela segunda vez é reincidente, pela terceira vez é relapso e digno de lástima ou até severa punição, conforme o caso. O estudante por três vezes reprovado é posto fora da escola com um diploma de “jubilado”. Em três lances se encerra um leilão. Geralmente ao terceiro sinal são determinadas as largadas nas provas esportivas. Enfim diz o provérbio: “Errar é humano e preservar no erro é demoníaco”. Se o próprio Jesus disse “afastai-vos de mim, malditos para o fogo eterno” aos incorrigíveis e maus, que preferiram morrer em pecado mortal, surdos às maravilhas da virtude, da bondade e da justiça, que diríamos nós, pobres mortais, dos que, teimosos, insistem em errar reiteradas vezes, causando preocupação aos seus familiares e amigos? ( 26-6-59)

Administrar não é ser bondoso e estimado, mas justo e compreendido. Por isso que o dirigente deve tornar fácil o entendimento de suas atitudes repressivas. No meio de uma centena de servidores sempre há uma pequena percentagem, resultado da imperfeição humana, que age de modo insatisfatório. Aí a ação tem que ser firme, serena e honesta. Tolerar seria estimular o erro, que prolifera mais rapidamente que a virtude. É possível que tal dirigente, no corre do dia, seja malquisto  pela parcela de rebeldes e imponderados. Se afastar-se mais tarde da função poderá até ser taxado de “carrasco”. Mas sempre haverá os que, possuindo bom senso e inteligência, dirão apenas: “Não! Ele foi justo. Sabia premiar o bem e punir o mal”. ( 12-1-61)

Somos colhedores — Tudo o que sentimos, possuímos, é fruto, colheita de nossos atos passados. “Igual gera igual”. Mas quando sofremos uma ingratidão, ai existe a sagrada vontade de Deus que nos escolheu para exemplo de nossos semelhantes, aos quais devemos estimular a caminharem pela estrada espinhosa da resignação, da virtude, da bondade , da justiça, em suma, da Verdade. ( 30-4-1961)

A verdade é a síntese de todas as virtudes. ( 12-5-61)

Ninguém deve ser elogiado por ser honrado, honesto e trabalhador. Qual o pai ou mãe que não arriscaria o seu sossego, a sua fortuna, e até a própria vida para defender a dignidade e a segurança de seu filho? Portanto, aquelas virtudes valem como uma bênção de Deus, dignas dos maiores e mais íntimos agradecimentos do próprio possuidor. Jamais motivos de vanglória, pois o contrário seria uma maldição e uma vergonha. ( 18-7-61)

Frases feitas:

·        “Pelas pequenas coisas se conhecem os grandes homens”, isto é, pelas pequenas atitudes se conhecem as grandes ações.

Vontade de Deus: quando um desastre nos atinge, sem culpa nossa;

Castigo de Deus: quando esse desastre advém em virtude de um abuso ou descuido nosso ( 18-7-61)

Das virtudes isoladas a mais gloriosa — porque é altiva e autônoma e impossível de ser criticada — é a Justiça; naturalmente a Justiça ensinada e recomendada por Jesus. A honestidade, o amor, a fé, o estoicismo, o perdão e até a coragem e a caridade serão insustentáveis se lhes faltar o amparo da Justiça — sentimento ativo e demarcador de qualidade. A Justiça, inspiração divina, tem sobre si apenas a Verdade, que é uma virtude coletiva, reunião de todas as virtudes, inclusive a própria Justiça. Mas, a verdade, sendo um conjunto, exige definições explicativas, enquanto que a Justiça, por ser absoluta, tem de ser acatada, mesmo quando ferir a minoria incontentável. Por isso que se diz que a Justiça é como o sol: pode encobrir-se, tardar,mas ao surgir convencerá plenamente. ( 18-7-61)

E quando lhe disseram que não devia desagradar as pessoas e que nenhuma vantagem existia em arranjar inimigos, o pobre homem respondeu: “Possuo duas condições essenciais para perder a estima do povo, isto é, perder amigos: a) Todo ano enriqueço um pouco, em virtude dos lucros das empresas que participo; b) Sou dirigente dessas firmas. Mas “inimigos” quem é que os teve maiores na vida? — Jesus! Tivesse Ele sido hipócrita e usasse evasivas no caso dos tributos a Cezar, ajudasse agravar e apedrejar a mulher adúltera, não fizesse a purificação do Templo, não condenasse os escândalos da corte romana, elogiasse os fariseus e os escribas, não pronunciasse o Sermão da Montanha nem fizesse outras pregações de moral através de santas parábolas, viveria, no mínimo 100% mais, isto é, 66 anos. No entanto os seus inimigos, que puseram em realce a sua Justiça, o fizeram viver até agora cerca de 6.000% mais, e viverá pelos séculos a dentro, numa exaltação crescente, enquanto o mundo existir. Portanto, que posso eu, minúscula criatura, para que o povo me queira sempre bem? Se para manter eventuais amigos é necessário tornar-me hipócrita, prefiro perdê-los”. ( 6-10-61)

“De médico e de louco todos temos um pouco” — Médico: qualidade positiva — virtude. Louco: qualidade negativa — defeito. Portanto, as pessoas tidas como “normais” que não tiveram uma também não possuem a outra qualidade. Ipso facto são apáticas e ineficientes.  Quanto maior o volume de uma qualidade tanto maior será a contra-partida, o volume da outra qualidade, podendo ambas co-existirem por se sucederem. A presença sempre, de modo absoluto, em uma criatura humana, de uma só dessas qualidades é impossível, porque não seria normal. Seria genial, isto é, sobrenatural. Por isso vemos muitas pessoas serem  admiradas por um grupo de pessoas e, simultaneamente malquistas por outro grupo, conforme a faceta em apreciação. Quantas vezes, o mesmo grupo muda de idéia quando observa que “tal pessoa” mudou de comportamento. Como a tendência da humanidade é civilizar-se, é maior,  em quase todos os indivíduos, a existência ou presença da primeira qualidade, ou seja, a virtude. Na consciência de cada um existe uma balança de dois pratos: toda vez que um erro é reconhecido vem logo o consolo: “acontece que no meu passado, no presente, no futuro...” e vão surgindo as mais variadas justificativas, em forma de recordações, de relatos, de promessas... Ninguém quer convencer-se de estar ou declarar-se errado, definitivamente. A propósito vale lembrar o axioma: “Até o demônio depois de velho se faz ermitão”. ( 1-11-61)

A mais bela virtude  perde o seu valor se em vez de aureolada pela modéstia exibe-se  com requintes de jactância, da mesma forma que lindas pinturas se tornariam desprezíveis se apresentadas em molduras esquisitas, cujas cores e feitios extravagantes fossem uma afronta à delicadeza e ao bom gosto da própria obra. ( 10-1-62)

O “mundo melhor” só virá quando a Honestidade, a Bondade  e a Justiça forem, não apenas virtudes, mas obrigações. De sorte que quem não as praticasse seria punido, na forma da lei. Nada de sonegação, nada de suborno, nada de enriquecimento ilícito, nada de protecionismo, nada de sinecura, nada de ociosidade, nada de logro, nada de falta aos compromissos, nada de descaso aos fracos, nada de indiferença aos necessitados. O governo arrecadando bastante e aplicando bem, faria sobrar recursos para toda a espécie de assistência, desde a criança ao velho, desde o analfabeto ao letrado, desde ao enfermo ao vigoroso, desde o consumidor ao produtor. E cadeia e vexame aos faltosos! ( 30-12-62)

Devemos zelar bem das nossas virtudes e ter redobrados cuidados com nossos defeitos, humanos que somos. Como uma gota de creolina estraga um frasco de perfume, apenas uma ação má poderá comprometer um passado de nobre tradições. ( 18-08-63)

“Pai rico, filho pobre, neto nobre” ( Igual gera igual) ¾ Inspiração divina, vocação para a virtude, bons conselhos na juventude, eis como “igual” pode gerar “igual” no caso do antecessor ter sido mau. Daí advirá a nobreza da pobreza. No campo espiritual, especialmente. É que, na maioria das vezes, o mau procedimento, em vez de admiração, acusa repulsa. E esta ordens de idéias se aplica, certamente, a formação moral de Dom Pedro II. ( 02-06-65)

Felicidade...

Um casal enamorado

Sob a proteção da lei

E dos princípios da virtude.

Em um lugar afastado,

Longe da agitação do mundo...

Felicidade...

Noie calma...

Lá fora o arvoredo é tocado por leve brisa,

Enquanto no céu límpido, enluarado,

Cintilam milhões de estrelas...

O homem pergunta: É feliz?

A mulher responde: Sim. E és também?

As suas mãos continuam entrelaçadas,

Suas testas roçam-se suavemente,

Seus lábios se unem em beijos

Mornos, inebriantes, úmidos...

E nesse encantador enlevo,

Esquecendo tudo que os rodeia:

Nada de reminiscências do passado,

Nada de planos para o futuro!...

Assim entretidos, como duas crianças

Buliçosas, risonhas, excitadas,

Não sentem o tempo passar!...

Seus corpos se aproximam, mais e mais...

Sussurros  suspiros brotam de seus

Peitos anelantes...

O carinho, a ternura, o verdadeiro amos

Vibram nesses abraços estremecidos!...

E não sabem se o que sentem é a pulsação da vida,

Ou o estertor da morte...

Depois do êxtase, misto de vertigem

E desfalecimento...

E depois a lassidão e o sono profundo!...

E perguntamos: Se desse sono,

As duas criaturas não mais despertassem,

Não teriam morrido em estado de felicidade?

Quem discordará? ( 04.10.65)

Meditações  do pobre homem: Se Deus bondoso me concedeu tanta “sorte grande” na vida, tais como um bom casamento, quatro filhos admiráveis, além de uma pequena fortuna  de valor financeiro, como não haveria de meditar, agora, em virtude de tudo isso sobre a realização de alguma obra que venha, no futuro, patentear o meu preito de gratidão a minha generosa terra natal ¾ Rio das Pedras ¾  berço de todos nós e promotora do nosso bem estar social.

( 04-03-66)

“Se nem Deus com seu olhar penetrante e desvendador de consciência, nem Moisés com os Dez Mandamentos, nem Jesus com seus santos evangelhos, conseguiu purificar os costumes do mundo, o recurso é entender que a vida é assim mesmo”, pensava o pobre homem, fazendo voto de paciência, fé e virtude. Caim preferiu, em vez de arrepender-se, fugir, fugir sempre, errantemente... Moisés quebrou as tábuas da lei, diante de tanta ingratidão humana... Jesus, como Homem-irmão terminou seus gloriosos dias pregado na cruz, perdoando e ensinando, ( 2-7-67)

De acordo com uma conhecida fábula, a coruja-mãe achava que seus filhinhos eram as criaturas mais lindas e perfeitas que poderiam ser encontradas no mundo. Dentro dessa mesma moral, também os filhos assim pensam de seus pais. Nas famílias felizes, onde o bom entendimento é completo, os seus componentes consideram-se, entre si, modéstia à parte, “as pessoas mais inteligentes, criteriosas, honestas, felizardas, etc., etc. que existempor aí a fora”. Esses predicados escasseiam, entretanto,nos “outros”, dos quais ouvem falar mal, sem aquela reserva conveniente se, os “outros” fossem parentes... É que, paradoxalmente, dentro da outra moral: “ a família é sempre a última a saber”, fazem-se segredos, aos próprios interessados, de suas deficiências e azares, e, por outro lado, como boa norma de educação, exaltam-se-lhes apenas as suas virtudes... Santa inocência! ( 9.7.68)

Se à criatura humana não é atribuído o dom de fazer milagres, não há dúvida de que o Bom Deus poderá conceder a essa mesma criatura a virtude milagrosa do amor, da paciência, do perdão. (20-3-69)

Falando de sexo entendemos que o assunto é por demais rasteiro, chão, material, animal, para podermos falar disso às crianças que, como os passarinhos ainda correm e brincam, entretidas, com as belezas que a natureza contém. O debate da matéria deveria ser feito, isso sim, no sentido de defesa e de precaução, quando existisse perigo eminente. Do contrário, deixemos a sábia intuição humana, inspirada por Deus, que vá descobrindo as virtudes desse tabu, o sexo. Naturalmente, dentro da evolução da vida moderna colaboraremos e instruiremos a respeito do problema sexual, mais cedo do que em tempos passados, quando não existiam jornais e revistas, nem cinema, nem televisão, nem automóveis, nem psicotrópicos, nem os etecéteras, etecéteras que vem chegando por ai... (15-12-69)

Nós, as criaturas humanas somos, algumas vezes, reciprocamente, delinqüentes e vítimas, réus e julgadores, segundo os atos que quotidianamente praticamos. Esse julgamento é feito e linha horizontal, ou inclinada até atingir a perpendicular, do meio para baixo ou vice-versa. Isso conforme a posição em que nos encontramos, em virtude de nossos aparentes méritos, positivos, negativos e mesmo neutros, valores esses inatos uns, adquiridos outros, e que nos fazem desempenhar no grande teatro da vida, cada qual o seu papel.(20-12-69)

O verdadeiro amor cristão deve ser "dinâmico" e não apenas "estático". Damos abaixo alguns sinônimos de amor-dinâmico-cristão que chamamos de Virtudes: 1) Amizade; 2) Lealdade; 3) Caridade; 4) Ensinamento; 5) Vigilância; 6) Inquirição; 7) Defesa; 8) Coragem; 9) Renúncia; 10) Perdão. De “amor-estático” temos apenas 5 sinônimos:  1) Egoísmo; 2) Omissão; 3) Pusilanimidade; 4) Angústia; 5) Intolerância. Sobre o assunto poderiam ser escritas centenas e centenas de páginas, mas daremos apenas dois simples exemplos: 1) Pai, que por estimar demais seu “filho querido”, dá-lhe uma situação acima de suas posses e briga com os outros quando o mesmo faz diabruras na rua; 2) Mãe que prende o seu filho à barra de sua saia para livra-lo dos “perigos das más companhias” despersonalizando-o. ( 4-3-70)

Para ser bondoso, caridoso, basta ao homem ser um indivíduo comum. Para ser justo, entretanto, é necessário elevar-se um pouco e achar-se num pedestal de juiz, de líder, de chefe, de cônjuge, de pai, de filho, de irmão, de colega, de cidadão, colocando-se, enfim, em posição na qual terá obrigação de praticar atos em conseqüência dos quais outras criaturas de Deus tenham seus direitos e deveres, virtudes ou defeitos proclamados! Portanto, para a criatura humana, é fácil e agradável a prática da bondade podendo mesmo escusar-se  a ela sob alegação de falta de tempo ou de recursos; mas quando estiver em jogo a prática da justiça, imperiosa e impreterível, até a omissão é considerada um crime! (3-7-70)

“As pobres crianças” e os “pobres velhos” ¾ Sempre as crianças tem pai e mãe, ainda que pobres e infelizes. Mas, os tem! Ou, pelo menos, padrinhos, ou tios, ou avôs, ou parentes longes. Às vezes, até certos vizinhos gostam de fazer um pouco de “santa demagogia”, protegendo crianças necessitadas... Na maioria dos casos, o problema urgente das crianças  se resolve com alimento e roupa, e para isso logo são lembradas e convocadas as inúmeras associações de assistência à infância que existem nas cidades grandes e pequenas. Por último há que se mencionar que as crianças, em virtude da potencialidade de seu físico juvenil, retornam facilmente à alegria e ao bem estar, querendo alguém... E os pobres velhos? Quase cegos, sem dentes, mãos trêmulas, enfim enfermos dos pés à cabeça, tem o pensamento perdido nas névoas das recordações distantes... de quando eram moços e trabalhavam, e amavam e sorriam, felizes, quem sabe?, na sua divertida pobreza!!! E agora quase que sozinhos, num asilo ou num quarto obscuro, ou de léu em léu, vão sentindo o peso da solidão e do abandono. Por vezes, complacentes e comovidos vão assistindo o tempo passar até que, após o momento extremo, alguns dos seus últimos amigos, venha comentar, referindo-se ao pobre morto que tem diante de si: “foi melhor assim... descansou...  ( 5-12-70)

Não deve ser vedada a permanência dos “hippies” nas praças públicas, como vendedores de bugigangas...Em todas as proibições discutíveis existem os que se arvoram em “defensores dos oprimidos”, atribuindo-lhes, em suas argumentações, virtudes nitidamente sofismáticas... O melhor é deixa-los perambularem por aí. Sempre existiu, no mundo, controvérsia sobre o bem e o mal... Há os que acreditam que determinados fins, são causadores de vícios e depravações ¾ verdadeiras lições ¾ e que alguns males trazem benefícios redentores... Entrementes, o alcoólatra, o toxicômano, o vagabundo, etc., entendem que, no seu “modus faciendi” é que são felizes... Maltrata-los, estupidamente, apenas agravaria o problema! O certo seria reeducá-los, recuperá-los, mas... Portanto, a presença dos “hippies” nas ruas e praças, também como espetáculo, teria talvez a probabilidade de por em brios a consciência dos chefes de famílias, que tratariam de bem procederem e melhor dialogarem com seus filhos e adolescentes, evitando que, por desajustes no lar, na escola, na sociedade, os  mesmos venham a preferir enveredar por incógnitos caminhos... ( 8-4-71)

Pessoas existem que, em momentos de dor e desespero, segredam aos seus amigos e confidentes, que seria preferível ver morto um filho muito querido que, transviado, perdido na senda do vício, do desrespeito,enche de vergonha toda a família, mesmo estando, muitas vezes, por traz das grades de uma prisão... Perdoa-lhes, Senhor, a esses pobres sofredores, que não sabem  o que dizem, uma vez que, com a Vossa divina graça e com o passar dos dias, poderia, aquela ovelha desgarrada, retornar ao bom caminho e até como São Paulo Apóstolo, se transformar em defensor do bem e da virtude. ( 18-9-73)

Minhas  Crenças ¾ I) Creio em Deus  II) Creio em dois Céus: no primeiro, de que nos fala a Bíblia e  do qual muitos duvidam; e no segundo, que todos devem respeitar, constituído pela consciência do Povo, que o concede ou o nega a cada um, segundo o seu procedimento durante a vida terrena. III) Creio nos milagres do amor: do amor de todos os amores, do amor sublime entre os homens, criaturas de Deus; do novo amor, que se inicia quando a jovem mãe sente pulsar em seu seio a vida do filhinho querido; do amor verdadeiro que sente o pobre velho quando, nos seus últimos momentos, deseja ter em torno de si todos aqueles a quem sempre trouxe em seu coração.  IV) Creio nos milagres da Humildade que faz o homem reconhecer no seu próximo um seu semelhante e, por isso, infunde em seu coração o desejo e o dever de dispensar-lhe fraterna e até abnegada consideração. Humildade que impõe ao homem teimar apenas sobre aquilo que sabe; não sonegar aos outros o que sabe e lhes é útil; confessar sua ignorância e perguntar, inclusive às criaturas mais simples , sobre o que tem obrigação ou necessidade de saber. V)  Creio nos milagres do Trabalho, honrado e perseverante, que, se antepondo ao desânimo, produz benefício a quem o executa e, ao mesmo tempo, extensivo aos seus próprios entes queridos, membros da comunidade universal. VI) Creio nos milagres da Honestidade, que desde os primórdios da criação do homem, vem sendo exaltada nas páginas da história, quanto aos que a praticam com nobreza e sinceridade. E há de continuar representando na existência de cada um, para a própria consciência, supremo conforto, ainda que as calúnias e as mentiras humanas pareçam deslustra-lhe a reputação.  VII) Creio nos milagres da Renúncia, que faz a pobre criatura tolerar e perdoar as ingratidões humanas, ainda que não as possa, voluntariamente, esquecer, talvez assim evitando sua maldosa reincidência; creio na renúncia de que nos  o Divino Mestre: “Ao que lhe disputar a túnica, cede-lhe também a capa’ ( Mateus 5:40).  VIII) Creio nos milagres da Bondade, que começa com um sorriso e termina com uma lágrima, bondade que torna melhor o nosso mundo interior e procura levar a possível felicidade ao mundo dos outros; bondade que é luz, calor, amparo, caridade, amor e que, em certos momentos, encherá nosso coração e emoção e nossos olhos de lágrimas, quando a dor, às vezes sem remédio, atingir vidas e coisas criadas por Deus para o bem estar da coletividade terrena.  IX) Creio nos milagres da Justiça, aureolada pela bondade cristã que, em nome da verdade, sem omissão e com honradez, procura exaltar a virtude e condenar o vício, infundido nas criaturas humanas fé e confiança no futuro, assegurando-lhes a proteção necessária e sã liberdade em suas andanças por este “vale de lágrimas”.   X) Creio, de novo, agora e sempre, em Deus, na sobrevivência da alma e na vida eterna, onde estarão juntas as pobres criaturas humanas que tanto se amaram neste mundo. ( 12-6-79)

Mocidade moderna ─ Pais  e filhos. Os pobres pais se indagam aos seus parentes, amigos, vizinhos, o que fazer para que os filhos adolescentes não sejam envolvidos pelas más companhias e tentações que cercam o chamado “mundo moderno”, instável e corrupto, que infelicitam tanto criaturas e lares... O que fazer? Primeiro, confiar em Deus e nos ensinamentos de virtude e pureza de Cristo Jesus. Depois, sair da situação de mero espectador e dar bons conselhos e, principalmente, bons exemplos. Praticar boas ações e ajudar o seu próximo necessitado. Esquecer o passado, se for o caso, e praticar o “bom combate”, como São Paulo Apóstolo. Lembrar que Cristo é perdão, amor, misericórdia. Nada de represálias, inveja, egoísmo, menosprezo! Orientar, com palavras carinhosas, seus companheiros e bons amigos, aconselhando-os a se desviarem das ciladas que a própria vida arma constantemente, contra inexperientes e principiantes... Depois, os pais, que se mantenham na confiança em Deus e nas lições do Evangelho, e se ainda, no final, novas provocações sobreviverem, não perder, jamais, a sublime esperança de que, um dia, o Divino Mestre, ouvirá nossas preces e não nos deixará faltar suas sacrossantas consolações, pois Ele mesmo disse “os que preservarem até o fim serão salvos”. ( 12-6-82)

Somente agora ─ quase dois mil anos depois que o Divino Mestre legou a todos os povos a sua sacrossanta doutrina, defendida primeiro por seus apóstolos de discípulos, depois divulgada pelos seus quatro evangelistas, por São Paulo e por milhares de outros homens de fé e de letras ─ é que a filosofia cristão vem sendo posta em prática em sua essência. E hoje, na maioria das vezes, contra o poder  de governantes ditatoriais, voltando assim as suas verdadeiras origens, em defesa das criaturas carentes de pão e de justiça. Durante os primeiros trezentos anos os ensinamentos do Divino Mestre viveram quase que na clandestinidade, até quando o imperador Constantino, pelo Édito de Milão, no ano de 313, considerou a religião cristã como oficial do Império Romano, atribuindo-se, entretanto, “oficialmente”, a condição de grande pontífice e chefe da nova Igreja, proclamando, desde logo, que seu governo monárquico era de “direito divino”. Infelizmente, já naquele tempo, o sacrossanto símbolo cristão, a cruz, começou a ser utilizada para fins belicistas, havendo o próprio Constantino mandado desenhar a cruz em seus estandartes, adotando também, o lema “In Hoc Signo Vencis” recrudescendo então novas guerras de conquista, esquecendo, portanto, do que havia afirmado o próprio Jesus diante de Pilatos: “Meu reino não é deste mundo”. As próprias cruzada, que se arrastaram pela Idade Média afora e que sacrificaram milhares de vidas inocentes, se desviaram da filosofia de Cristo, expressa especialmente no Sermão da Montanha. Depois, outra página negra foi escrita em nome do catolicismo, ao tempo da nefanda Inquisição, comandada por imperadores e, também, por altos dignatários da própria Igreja, quando, a título de combater heresias, foram cometidas inomináveis barbaridades, devendo aqui mencionar apenas um exemplo: o sacrifício de Joana D’Arc, queimada em praça pública na cidade francesa de Rouen. Não devemos omitir as perseguições sofridas por pensadores e filósofos nos últimos tempos, levadas a efeito pela tirânica aliança Estado-Igreja, citando apenas três nomes: Spinoza, no século XVII, Voltaire, no século XVIII e Victor Hugo, no século XIX. Graças a Deus, principalmente depois da Encíclica do Papa Leão XIII, “Rerum Novarum”, publicada em 15.05.1891 e do Concílio Ecumênico Vaticano II, a posição assumida pela Igreja Católica, em verdade. É de defesa dos humildes, dos carentes, dos sofredores, dos injustiçados, recomendando a todos, ao mesmo tempo, pobres e ricos, fracos e poderosos, a prática real da virtude, do amor e do perdão, segundo os ensinamentos de Cristo Jesus. Disso vem dando provas, as mais evidentes e insofismáveis, o Papa João Paulo II, que atacado e mortalmente ferido pelo terrorista turco Mehemet Ali Agca, durante uma concentração na Praça de São Pedro, em 13.05.81, já no hospital e ainda sob sério risco de vida ─ disse, referindo-se ao criminoso: “ Dele não guardo mágoas e sinceramente o perdôo”. Um ano depois, em Fátima, onde comparecera para comemorar o 65° aniversário da aparição da Virgem Maria a três jovens pastores ( 1..05.1917) o mesmo João Paulo II fora novamente ameaçado e quase atingido a baioneta por um sacerdote tradicionalista ( portanto a favor da mentalidade antiga da Igreja Romana) ordenado que fora pelo bispo rebelde francês Marcel Lefèbvre. Percebendo, o Santo Padre, que alguém havia tocado em sua batina, voltou-se e fitando o seu agressor, já contido por policiais, o abençoou fazendo o sinal da cruz. Finalmente, é digno de menção o que vem acontecendo com os padres franceses Aristides Camiô e Francisco Gouriou, quando toda a Igreja do Brasil toma corajosa e desassombrada posição contra o julgamento do Conselho de Sentença do Exército da 8ª Circunscrição da Justiça Militar de Belém do Pará, que condenou ambos os sacerdotes a 15 e 10 anos de prisão, respectivamente, e pretende agora que os mesmos sejam expulsos do país. Mas a Igreja não cruzou os braços diante disso e vem clamando por todos os meios ao seu alcance, inclusive pela imprensa falada e escrita a favor de humildes roceiros marginalizados naquele longínquo Estado da Federação e que vem seno amparados pelos dois padres católicos em suas justas aspirações quanto a posse da terra devoluta onde moram há muitos anos. Assim devemos todos reconhecer que agora a Igreja voltou a cumprir e a recomendar obediência aos santos ensinamentos do Divino Mestre, graças a Deus! (30.6.82)

Para os que acreditam na imortalidade da alma ( graças a Deus sou humildemente um desses bem-aventurados) a criatura humana, terrena, não morre, isto é, não desaparece enquanto permanecer na memória, no coração dos entes queridos, dos amigos, das pessoas enfim com as quais convivem. E essa lembrança envolve não apenas a fisionomia, os trajes, o perfil, o modo de andar, de gesticular, de falar, mas especialmente os feitos, as ações, tanto as boas como as más, realizadas em vida, com a vantagem de que a maioria dos seus conterrâneos costuma, cristãmente, relevar e quase esquecer, os defeitos daquele que se foi e até exaltar, às vezes, com alguma bondade, as suas poucas virtudes... ( 22-7-84)

Poderão, alguns dos que lerem as ponderações contidas nestas quatro pobres cadernetas, afirmar que são idéias inconseqüentes, apenas bem intencionadas... Seja! Mas ainda assim, é preferível a nada pensar, nada dizer, nada fazer. Se é “tempo perdido”, que o seja com propósitos otimistas!... “Desde que o mundo é mundo, existe dor, existe fome, existe guerra, existe o mal”, dirão e “assim será sempre!” Não! Não! Não! Pois se isso fosse verdade, verdade cruel e irremediável, melhor seria então destruir tudo o que foi feito de bom pelo homem, pondo abaixo todas as doutrinas de moral, de virtude, de bondade, de justiça. “Nada de artes, nada de ciência, nada de música, nada de poesia, nada de beleza, nada de ternura com as crianças, nada de respeito com os velhos! Morte para os famintos e infelizes! Rua para os enfermos! Para a infância, o desamparo e para a juventude, a corrupção!” Deus bondoso, perdoai tanta falta de caridade! Não! Mil vezes, não! Benditos os visionários que crêem e  lutam por um mundo melhor. (30-4-85)

Hoje, em que os brasileiros se encontram a menos de 30 dias da posse do novo presidente da república ─ Fernando Collor de Mello ─ escolhido por votação direta, em dois turnos, depois de quase 30 anos sem eleições legítimas, alteiam-se para a maioria dos brasileiros novas esperanças. Novas esperanças, porque o atual governo ─ Sarney ─ encontra-se em melancólico final, depois de cinco anos de corrupção, sinecuras e impunidades. Por isso, neste momento, gostaria de recordar que há mais de quarenta anos, quando era vereador em Rio das Pedras, liderei a elaboração de uma mensagem ao Congresso Nacional e que foi remetida em 12 de junho de 1948, em cinco extensas laudas. Quatorze anos depois, em 13 de julho de 1962, a revista Visão publicou na sua 4ª página, uma carta em que, inclusive, fiz referência ao fato do Congresso nacional, até então, não haver dado a mínima resposta à aquela mensagem. Nessa carta à Visão, é óbvio, novos apelos foram feitos, mas que se perderam no vazio do descaso e do impatriotismo. Enfim, no próximo dia 15 novas esperanças começarão a acalentar, mais uma vez, os corações sofredores da maioria dos brasileiros, e permita Deus que as frustrações anteriores não se repitam. Entrementes, o Congresso nacional, de acordo com a nova constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988, tem poderes amplos para aprovar as leis, decretos e medidas provisórias emanadas do chefe do governo, atendendo aos interesses do povo, exclusivamente. Basta que os senhores senadores e deputados federais, que, na sua maioria, até aqui, só tem defendido seus interesses particulares, basta que eles, agora, tenham mais pudor para, pelo menos, darem quorum nas votações dos projetos e proposições que visem retirar a nação do caos em que tem vivido nos últimos anos. Quanto ao presidente Collor ─ o mais jovem dos que já governaram, de mal a pior, a nação até hoje ─ o povo confia que não lhe faltará a proteção divina para acertar, como ele próprio tem vaticinado. Desassombro e virtudes pessoais, o futuro presidente as possui, bem como, e sobretudo, tradição de família. Seu avô paterno Lindolfo Leopoldo B. Collor, jornalista gaúcho, descendente de alemães, estivera exilado três vezes ( 1932, 1937 e 1942) por defender os ideais democráticos do povo brasileiro. Seu pai, senador alagoano, Arnon Afonso de Farias Mello, também jornalista, revelou muita coragem ao comparecer ao senado, depois de jurado de morte por outro senador alagoano, Péricles Góis Monteiro, e na iminência de ser atingido, atirou primeiro, enquanto o agressor se agachava acovardado, indo a bala perdida vitimar outro senador, que se lhe achava atrás. Fernando Collor, que também é jornalista, como seus ascendentes, possui suficiente experiência política-administrativa para resgatar e comandar a nau dos brasileiros ao seu verdadeiro destino de justiça, austeridade, honradez, trabalho e de progresso. De minha parte ─ enquanto são aguardados novos métodos na política governamental, que venham  garantir dias melhores para toda a nação, e de modo especial a favor da grande maioria de deserdados da pátria ─ irei fazendo revisão, com inclusão de novos pensamentos aos já por mim selecionados, a fim de, futuramente, mandar editar um LIVRO DE PENSAMENTOS, como é um antigo desejo meu. Trata-se de uma coletânea por mim iniciada há mais de cinqüenta anos, destinando-se oportunamente, o resultado da venda dos livros a favor do fundo pró-construção do Lar de Velhinhos de Rio das Pedras, sob os auspícios da Conferência do Senhor Bom Jesus de Rio das Pedras da benemérita Sociedade São Vicente de Paulo. Ao Bom Deus, em Quem desde minhas primeiras reflexões do tempo de menino, sempre confiei e devotei minhas esperanças e estoicismo, rogo e espero apenas, as suas bênçãos, a fim de que possa, inclusive, com a ajuda de minha querida família, levar a bom termo aquele ideal. ( 16-2-90)

As três molas propulsoras da felicidade humana são representadas por estas inegáveis forças: Amor, Saúde, Dinheiro. Essas três forças poderão proporcionar, a felicidade completa. O amor, essencialmente, é o relicário de todas as virtudes. Por isso, em quaisquer circunstâncias, o amor não,poderá deixar de estar presente no coração da criatura humana. O amor sozinho poderá trazer razoável felicidade, sobretudo espiritual. Por isso, o indivíduo, na face da terra, sem amor no coração e sem algum amor de seus semelhantes, esse, em verdade, será um desventurado. ( 23-2-91)