Perdi minha mãe muito cedo, antes dos três anos de idade. Tão cedo que sequer me lembro de seu sorriso, de seu jeito de andar e, muito menos ainda, de seu timbre de voz. Tive um pai de causar inveja. Maravilhoso. Educador. Enérgico. Amigo. Minhas tias sempre estiveram do meu lado; tia Idalina foi a mais presente. Aos quinze anos, bem próximo aos dezesseis, senti quando Deus me deu as mãos e me levou até o Bom Retiro, dia 3 de maio de 1953, a fim de participar da Festa de Santa Cruz. Um correio elegante aproximou dois jovens, a minha Nilse e eu. De lá pra cá, até o dia de hoje lá se vão 56 anos, seis de namoro e os cinquenta que estamos festejando hoje. Deus me tirou a mãe muito cedo, mas me recompensou com uma esposa de ouro. |
Um cartãozinho branco, Alguns versos do instante Tudo rápido, momento único Graças a um correio elegante. I
III
IV
|
Formaturas, separação, distâncias Nada mudou, o amor foi o bastante Longe, mas com os pensamento muito próximos Graças a um correio elegante. VI
VII
VIII
|
18 de Julho de 2009
Nota do autor: Rio das Pedras, Bom Retiro,
1953.
Bodas de Ouro de Maria Nilse e José Carlos (Zé do Joca) Três de maio, santo dia de luz. Encontrei nesta data, de uma só vez Esposa, felicidade e amor, na Festa de Santa Cruz. Esta foi a estrofe que li em particular para minha esposa no dia de nossas Bodas de Ouro nas dependências da Sociedade Cultural Riopedrense. |