“As Chaves da Vida”
Delicadeza e doação
. Essas são as chaves para uma vida cheia de alegria, produtiva,
verdadeira e realmente rica. A vida que todos precisariam viver. Raul Coury
recebeu essas chaves ainda menino e, por toda sua vida pública usou-as
como ninguém. Beirando os oitenta anos de existência carrega
consigo, no chaveiro sagrado de um comportamento ímpar, ambas as
chaves.
Depois de tanto tempo,
logicamente estão envelhecidas também, mas ainda em grande
uso, escravas da retidão, da honestidade, da bondade e da hombridade
de um homem que viveu seus dias todos merecendo a homenagem que Rio das
Pedras lhe prestou no dia 18 de setembro de 2004: “Riopedrensis praeclarus”.
A homenagem tornou-se
singela. Logicamente que diante de tamanha grandeza moral e imensa fonte
de compreensão e delicadeza, nada poderia ser comparado e nem poderia
pretender sobrepujar figura riopedrense verdadeiramente conhecedora dos
caminhos românticos insinuados por aquelas chaves.
A cidade não
lhe deve nada e ele sabe disso. Tudo foi doado com as mãos abertas
e os olhos fechados. Ninguém pagou nada e todos receberam muito.
As doações foram feitas com o coração. O coração
de uma família libanesa que se “abrasileirou” e tem muito sangue
riopedrense.
Agradecemos, agradecemos,
agradecemos...
Quanto mais antigo
o riopedrense, maiores o respeito e a consideração.
No discurso proferido
pelo homenageado, ele cometeu dois enganos que poucos perceberam, ou quase
ninguém:
1º) Disse que nas duas ou três
encruzilhadas de sua vida teve sorte, acertou com muita felicidade o caminho
a seguir.
Engano seu, Dr. Raul.
Deus estava apenas esperando o lado que o senhor escolhesse para colocar
ali a melhor das alternativas. O senhor seu pai também pensou que
teve sorte nas escolhas de um caminho nas suas encruzilhadas. Primeiro,
quando se casou. Segundo, quando escolheu a forma de educação
para seus filhos. O dedo de Deus aí foi presença clara e
real.
Pessoas como os senhores
são alvos fixos da bondade divina.
2º) Disse que espera colocar seus restos
mortais ao pó das terras da Fazenda Nova Java.
Engano seu, Dr. Raul.
O senhor e a Fazenda Nova Java há muito já estão juntos,
entrelaçados, dependentes um do outro. Os seus ossos, como o senhor
disse, não vão somente se misturar às terras queridas.
Vão torná-las mais respeitadas e, com certeza, abençoadas
por Deus, tornar-se-ão sagradas.
Rio das Pedras, feliz
e agradecida o reverencia.
Dr. Raul, obrigado
por tudo.
Um abraço
e sua bênção. |