Quase uma lenda !
Homenagem póstuma a
Professora Idalina de Andrade Leone
( 18/05/1913 - 08/01/2013)
I
Espaço de tempo impossível de ser vivido,
Ninguém crê que se possa viver um século.
É um caminho longo, pesado e dificil.
Tal acontecimento nos causa espanto e admiração.
II
Infância que já vai distante na terra natal, Rio das Pedras.
Lembranças de folguedos que não exitem mais .
Não se perdeu o sembllante das amizades de então.
Tudo arquivado na memória, memória rica e clara.
III
Adolescência e juventude vividas nos moldes da época .
Comportamento digno e correto, vida alegre e normal.
Menina moça, faceira, agradavelmente jovial.
Encantos e desencantos, muitos sonhos e desejos .
IV
Adulta, mãe e professora, santas escolhas.
No G. E. Barão da Serra Negra, enérgica, exigente, compreensiva, bondosa .
No lar, bondosa, compreensiva, exigente, enérgica.
Mãe-professora, professora-mãe, condutas ricas e expressivas .
V
Marido de porte elegante, moreno de olhos verdes,
Abilio, passagem rápida, assim Deus o quis.
Só, apenas com os filhos, enfrentou o destino serenamente.
Mágoas, trsitezas e solidão contidas, aparência sempre feliz.
VI
Filha devotada, brava, fisclizadora.
A sopa de "pizunha" era prato constante.
Seu pai, vovô Manuel, era seu "filho" mais velho.
Sob reprimenda a chamava de "cassununga".
VII
Na luta pela vida ganhou preciosos presentes,
Humberto e Antonio Carlos, as alegrias maiores de todo o seu ser.
Educou-os de forma magistral, sempre competente.
Sozinha, mostrou de quanto um ser humano decidido é capaz.
VIII
Era uma estrela solitáriamas já teve muita companhia:
Delinda e Joca, Vina e Alberto, Nenê e Maneco,
Mariquinha e Tico, Carlos, Elza e Abel, Ermelinda e Leonildo,
Tito e Virgílio, todos amigos e irmãos.
IX
Os irmãos Rossa e Andrade são produtos de uma família una.
Dois sobrenomes de uma família só, a família Rossa Andrade.
Meios irmãos, mais que irmãos verdadeiros.
Família compacta e coesa, sob os olhares de dona Luiza e "seu" Manoel.
X
Mudou-se para São Paulo em 1961,
Pelos interesses dos filhos.
NNatural de Rio das Pedras,
Saudades imensas do sobradão da Ladeira José Leite Negreiros.
XI
Na santa Rua de Baixo, dois endereços,
Berços de seus dois filhos.
No antifo "Pátio" foi vizinha por mais de dezesseis anos
Do seu querido G. E. Barão de Serra Negra.
XII
Uma vida rica, longa e verdadeira.
Deus deu-lhe de tudo: alegrias, tristezas, vitórias, derrotas,
Dificuldades, dissabores, competência caráter.
Deu-lhe também boas lembranças e o amor de centenas de alunos.
XIII
Faltaram quatro meses e dez dias para o centenário.
Mas a vida de Idalina, com base nos seus dotes
De moralidade, civismo e caráter,
Pode e deve ser equivalente a vários séculos.
XIV
Dezoito de maio de 1913, oito de janeiro de 2013
Um décimo de milênio, cem longos e trabalhosos anos.
Idalina viveu e conviveu mais que todos nós.
Participar de seu centenário de nascimento é glória e bênção de Deus.