Do ponto de vista sociológico
existe uma sutil diferença entre os termos “integração”
e “interação”. O primeiro significa “ajustamento recíproco
de diferentes grupos e sua identificação com os interesses
e valores dos mesmos”, enquanto o segundo trata de “ações
e relações entre membros de um mesmo grupo ou entre grupos
afins”.
Reconhecendo-se o Setor Florestal como uma sociedade, registra-se, com satisfação que esses tipos de associações conseguiram atingir um nível equilibrado e harmônico nas últimas três décadas. Inclusive, serve de exemplo para outras áreas científicas e setores produtivos, o grau de integração universidade-empresa e interação empresa-empresa observados na área florestal. É fora de dúvida que essas ações mútuas podem ocorrer de forma espontânea ou induzida. Pelos resultados observados, obviamente, esta última alternativa é muito mais eficaz, mais rápida e de resultados mais duradouros. Dentre esses mecanismos indutores de ações, destacam-se os institutos, sociedades e centros, dentre os quais o IPEF é o mais antigo junto ao setor florestal brasileiro. Após 36 anos de existência, ainda mantém-se fiel a seus princípios norteadores de sua fundação a par das modernizações ocorridas, ampliação e diversificação de suas atividades. Antes restrito a um pequeno grupo de empresas, tipicamente florestais, e a Universidade de São Paulo, hoje sua ação abrange diferentes empresas públicas e privadas e diferentes universidades, institutos e centros de pesquisas científicas e tecnológicas. O IPEF sempre procurou estar à frente, atuando de forma pró-ativa para o encaminhamento de resolução de problemas, principalmente na área da silvicultura intensiva. Em nível mundial essa postura é de fundamental importância estratégica para manter a competitividade da silvicultura brasileira frente a outros países tradicionais e alguns outros países emergentes. A experiência acumulada através dos programas cooperativos credencia o IPEF como um dos maiores catalisadores da aproximação de suas associadas em torno de um foco comum para geração de pesquisas e estudos em áreas pré-competitivas. A aceitação de empresas não-associadas, nos citados programas e atendimento a demandas específicas das mesmas, reforça nossa afirmativa de que a preocupação das mantenedoras do Instituto extrapola suas contribuições além das fronteiras próprias alcançando o setor florestal como um todo. Da mesma forma, as associadas tem apoiado, de forma incondicional, os trabalhos desenvolvidos atendendo aos pequenos e médios produtores rurais e florestais, em sintonia com a atual política governamental para a área. Essa abrangência e diversidade são retratadas nas diferentes páginas do “IPEF Notícias”, que, nesta oportunidade completa sua 170ª edição. Uma excelente leitura a todos. |