Do ponto de vista sociológico,
a Integração corresponde a um ajustamento recíproco
de modo a formar uma sociedade organizada e cada parte procura se identificar
com os interesses e objetivos mútuos. A integração
universidade-empresa só acontece se respeitada esta regra e se for
possível harmonizar as eventuais posições antagônicas
ou conflitantes. Depreende-se do exposto que a premissa básica da
existência da integração envolve a aproximação
de grupos diferentes e que se propõem a trabalhar por metas e objetivos
comuns.
O IPEF, na sua concepção primeira, foi criado para exercer esta função catalisadora entre a Universidade de São Paulo e algumas poucas empresas do setor florestal brasileiro. Após 40 anos, se constitui num dos principais exemplos de ação integradora aberto a outras universidades do Brasil e do exterior, congregando 25 empresas associadas e algumas não associadas através de programas cooperativos. São exatamente estes programas que otimizam o envolvimento de recursos humanos, materiais e financeiros. De outro lado, Interação compreende a somatória de ações e de relações executadas entre os membros de um dado grupo, ou mesmo, entre grupos dentro de um mesmo segmento da sociedade. Muitas vezes a interação se resume numa troca de informações e influências recíprocas entre os membros do grupo que, pelo tipo de atividade ou objetivos, já estão naturalmente inter-relacionados. É o que ocorre, de forma espontânea, entre os departamentos de uma dada faculdade ou empresas de um dado setor produtivo. O IPEF, na sua concepção
segunda, foi idealizado para racionalizar esta ação entre
as empresas associadas. Esta interação, que acontece naturalmente
entre as empresas do setor florestal através de associações
e sindicatos, no IPEF é potencializada. Se a mesma for intensa e
produtiva, além dos benefícios mútuos decorrentes,
contribui para uma evolução e aperfeiçoamento da integração
universidade-empresa. Em outras palavras, assuntos e questões do
dia-a-dia são resolvidos pelas partes envolvidas e a universidade
é chamada para colaborar na resolução de problemas
de ponta. Como resultante natural, à
As resultantes dessas ações se traduzem numa gama diversificada de informações disponibilizadas tanto no meio acadêmico como empresarial. Na academia prevalecem nas teses de doutorado, mestrado, trabalhos publicados em eventos e revistas científicas. No meio empresarial, os principais resultados são levados à sociedade através de material institucional e de divulgação. Em ambos, de forma associada, as informações mais recentes são relatadas em eventos como congressos, workshops, seminários, reuniões técnicas, etc. De uma forma ou de outra, os resultados são de domínio público e a competência para utilização dos mesmos fará o diferencial para o sucesso do empreendimento. Em outras palavras, o que vale não é o que se sabe, mas a competência para utilizar esse conhecimento. Decorrência disso, é
observada uma grande preocupação das empresas do setor florestal
em valorizar a formação, aperfeiçoamento e reciclagem
de seu recurso humano. Em parte, isso explica o sucesso que vem sendo conseguido
na pesquisa, desenvolvimento e crescimento do setor florestal brasileiro,
o que tem causado admiração e inveja de outros
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