Como divulgado anteriormente,
o IPEF realizou em maio do corrente ano um workshop, com o objetivo de
colher subsídios para um Plano de Pesquisa e Desenvolvimento para
o decênio 2010-20. Um dos temas apresentados foi sobre “Silvicultura
de Nativas”, que despertou grande interesse e demoradas discussões.
Baseando-se na importância
e atualidade do assunto, o IPEF decidiu constituir um grupo de trabalho
para levar adiante a discussão do tema e para isso foi realizada
a reunião técnica “Silvicultura de Nativas aplicada à
restauração”, matéria deste IPEF Notícias.
O grupo tem como coordenadora a Dra. Maria José B. Zakia (Zakia
& Almeida Assessoria Ambiental)
O desafio lançado e que
está sendo enfrentado é no sentido das associadas do IPEF
dedicarem o mesmo grau de atenção às florestas nativas,
como vem fazendo com as florestas plantadas de exóticas, principalmente
de eucalipto e pinus. Obviamente,
O exercício a ser feito parte da premissa de que há possibilidade de identificar interesses comuns entre as associadas, bem como oportunidade e viabilidade técnica e econômica para esse esforço conjunto. Reproduzimos, a seguir, uma série de fatores que justificam o interesse do IPEF em assumir esse tema, “Silvicultura de Nativas”, em suas atividades presentes e futuras e que constam no documento colocado em discussão na citada reunião técnica: • O aumento/crescimento da demanda por produtos florestais, oriundos de plantações com espécies nativas, como uma tendência de mercado já identificada; • A necessidade da disponibilização de produtos não comprometidos com modelos exploratórios e predatórios das florestas naturais brasileiras; • A necessidade de modelos que aliem restauração e manejo, com possibilidade de retorno econômico; • A possibilidade do aumento da base florestal nativa, a partir da reintrodução do elemento arbóreo/florestal na paisagem rural brasileira; • O potencial do setor florestal no desenvolvimento das bases institucionais, científicas e humanas, necessárias ao desenvolvimento da silvicultura com espécies nativas; • O fato de as empresas do setor estarem atuando nos mesmos biomas, com a mesma necessidade de desenvolvimento de tecnologias mais adequadas para a restauração; • A possibilidade de transformar uma “obrigação legal” em geração de renda/benefício econômico, o que é muito interessante para o fomento (com modelos mais atraentes para os proprietários rurais); • A possibilidade de redução de custos de restauração nas áreas das empresas e seus fomentados; • O aperfeiçoamento legal com a restauração das APPs e RLs; • O atendimento, racionalização e otimização das demandas advindas de órgãos certificadores; • O nivelamento de informações entre empresas, poder público e órgãos ambientais; e • O desenvolvimento de critérios e indicadores para uma “boa restauração florestal”, realizadas pelas empresas do setor. |