IPEF NOTÍCIAS 219- Janeiro/Fevereiro de 2013
No próximo dia 1º de abril o IPEF estará completando 45 anos de atividades contínuas e crescentes em favor de suas associadas, parceiros do meio acadêmico e Setor Florestal Brasileiro como um todo. Consegue, de forma elogiável, manter seu propósito original de integração universidade-empresa e, cada vez mais, ir aperfeiçoando esse salutar mecanismo de aproximação das lides acadêmicas e das demandas das empresas florestais.

Nessa equação, aparentemente simples, há que se destacar o apoio das empresas associadas do ponto de vista material, tanto financeiro como humano.

A história registra que a viabilidade do modelo só foi possível graças a confiança depositada pelas empresas Champion Celulose (hoje Intenational Paper do Brasil) e Duratex à proposta trazida pelo Prof. Helládio do Amaral Mello, que se baseou em modelo semelhante visitado na Universidade da Carolina do Norte, em meados da década de 60. 

À época foram decisivas as adesões da Indústria de Papel Leon Feffer (hoje Suzano Papel e Celulose), Rigesa Celulose, Papel e Embalagens e Indústria Madeirit (hoje desativada). De outra parte foi fundamental o apoio dos colegas do Prof. Helládio que, à época, compunham o corpo docente da Cadeira de Silvicultura, hoje Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo.

Mas, voltando às empresas, das cinco iniciais de 1968, dois anos depois, oito empresas compunham o quadro associativo. Uma análise do “túnel do tempo” mostra a seguinte evolução:

1968 – 5 empresas fundadoras
1971 – 13 associadas
1976 – 29 empresas associadas espalhadas por 9 Estados brasileiros
1982 – 22 empresas
1986 – 20 associadas e 35 convênios
1990 – 19 associadas e 40 convênios e trabalhos específicos
2000 - 19 empresas associadas, 9 programas temáticos
2004 – 20 associadas em 12 Estados brasileiros
2007 – 24 associadas e 15 não associadas ligadas a programas cooperativos
2010 – 23 associadas e 12 programas cooperativos
2013 – 27 associadas e 25 não associadas ligadas a 10 programas cooperativos.

Em paralelo há que se ressaltar que, se em 1968, a parceira com o meio acadêmico se restringia a Esalq/USP, nos dias atuais são 17 as entidades parceiras no Brasil, Estados Unidos, França, Austrália, Argentina e Chile. Essa ampliação só foi possível graças às novas demandas dos objetivos dos programas cooperativos e efetivo engajamento do corpo técnico das empresas nos mesmos.

Porém, tudo isso não seria possível sem o apoio de “homens de visão” destacados pelo Prof. Heládio, no lançamento da Revista IPEF (hoje Scientia Forestalis) em dezembro de 1970:

“A natureza humana tende a se opor a mudanças e desde que
novas ideias signifiquem mudanças, sua aceitação requer esforços
especiais. Para isso há que investigar, há que procurar novas
técnicas e novos sistemas de trabalho. Quem, se não a pesquisa
cientificamente planejada e conduzida, poderia fornecer elementos
para respostas convincentes? Como enfrentar a situação se, a esse
respeito, não coubessem indagações? Dessas indagações surgiu o
Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, o IPEF.
Homens de visão, bem situados em suas organizações industriais
tomaram a si a decisão de examinar o problema. Ganhou corpo
e expressão, a ideia de um Instituto de Pesquisas que, reunindo
cientistas e técnicos em assuntos florestais, pudesse contar com
o suporte financeiro das indústrias para a realização de pesquisas
científicas e estudos objetivos.”

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