O COMPANHEIRISMO COMO ATRAÇÃO DE NOVOS SÓCIOS

E RETENÇÃO DE “VELHOS” SÓCIOS

 

A palavra “companheirismo” provém de “companheiro” que significa “amigo”, camarada, “colega”, etc. Todas essas palavras se resumem numa só: “amizade” que é o sentimento deve reinar em dado grupo, quer familiar, profissional ou social. É fator de estabilidade e sobrevivência do grupo.

 

No Rotary, o termo “companheiro” vai mais além, e se complementa significando “aquele que acompanha”, “apóia”, “solidariza-se”, “estende a mão” ( lema desse ano rotário). Em outras palavras, companheirismo vai além da amizade e se completa na “identificação de ideais”, o “Ideal de Servir”.

 

O companheirismo está indissoluvelmente ligado ao Rotary desde sua fundação: Paul Harris no seu livro “Meu Caminho para Rotary”, escreveu no capítulo XXXIII, de título O 1º Rotary Club”:

 

Para o pequeno grupo, oriundo de pequenas comunidades, o Rotary foi um como que oásis no deserto do sentimento, que era, Chicago. Suas reuniões eram diferentes das de outros clubes, naqueles dias. Eram mais íntimas, mais calorosas, muito mais amigáveis. Deixávamos, à porta de entrada, as nossas preocupações e idiossincrasias e, durante a reunião, voltávamos a ser as criaturas que fôramos em nossas origens. Eu esperava a hora da reunião com enorme impaciência!  O conceito original de Rotary expandiu-se. Seus ideais se definiram; seu objetivo se fixou mas o companheirismo do início permaneceu como elemento de sustentação da sua estrutura.

 

O companheirismo está indissoluvelmente ligado ao Rotary no seu Objetivo, item Primeiro:

 

O Objetivo do Rotary é estimular e fomentar o Ideal de Servir, como base de todo empreendimento digno, promovendo e apoiando:

Primeiro – O desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir; (...)

 

Como vemos, o companheirismo é a base ou alicerce para a prestação de serviço dentro do Rotary. Devido a isso, nesse clima de camaradagem, praticamente entre irmãos ou familiares, o Rotary se distingue ou não pode ser confundido com outros grupos de voluntários ou ONGs.

 

Como conseqüência disso, é óbvio que o companheirismo não pode ser visto como um fim em si. Para usufruir do “companheirismo pelo companheirismo” existem outros grupos constituídos muito mais interessantes e atraentes que não cobram per capita para a instituição e fundos distritais, não obrigam a assinar revista, não exigem presença semanal nas reuniões, e outras exigências mais. O “companheirismo pelo companheirismo” tem-se mostrado uma excelente arma para desestímulo de “velhos” sócios que se desencantam com o clube e arrependimento de “novos” sócios que se sentem ludibriados ou enganados porque foram convidados para ingressarem num “clube de prestação de serviços”.