CONSCIENTIZAÇÃO
ROTÁRIA
No sentido literal, conscientizar significa tomar
consciência, ter noção ou idéia de algo. No linguajar da juventude atual,
significa "cair na real". Acredito que essa expressão dos jovens
traduz, com rara felicidade, o significado: tomar consciência... cair na
real... quer dizer encontrar-se consigo mesmo, enfrentar, topar ou dar de
frente com uma realidade, com uma situação, com uma verdade, com um fato ou
coisa. Quando isso acontece, normalmente aprendemos, ou melhor ainda, nos
educamos.
Acredito
que a conscientização seria o topo da escala, na qual o degrau inicial é a informação,
passando por outros termos não muito correntes no Rotary, como instrução e
educação rotária.
Imaginem
que a informação, colocada lá na base da escala, está sendo considerada, nos
dias de hoje, a forma de poder do próximo milênio: os poderosos do século XXI
serão os detentores de informações. No passado, o foram os detentores de bens e
moedas. Hoje, são os detentores de tecnologia. Amanhã, os donos das
informações.
Quando
essas informações são agrupadas, consolidadas, analisadas e ordenadas, se
tornam produtos comercializáveis. Se tornam conhecimento, altamente
valorizado e muito bem pago, dependendo da sua utilidade, atualidade ou
novidade.
Mas,
voltando ao Rotary. O que nossa instituição tem a ver com tudo isso?
Simplesmente, concordemos ou não, como rotarianos fazemos parte dessa
realidade. Como Rotary somos nós, Rotary pode influenciar ou ser influenciado
por esse estado de coisas. A menos que nos isolemos, como Rotary, num pedestal
ou numa redoma de vidro. Trata-se de mais um problema de conscientização.
Por tudo
isso, ou por causa disso, Rotary foi ao topo e institucionalizou janeiro como o
MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO ROTÁRIA: mês dedicado à expansão do conhecimento do
Rotary e suas atividades dentro do clube e na comunidade.
A
conscientização, companheiros, não está, obrigatória ou necessariamente,
associada ao grau cultural ou de conhecimento do rotariano, nem à sua posição
na hierarquia do movimento. É de se esperar que haja uma correlação positiva.
Dizendo
uma palavra, esboçando um gesto, fazendo alguma coisa acontecer, doando uma
fortuna, ou acreditando no "cofrinho"... a conscientização rotária
mostra que vem de dentro, não sei se da alma ou do coração. Mas é, sem sombra
de dúvida, um estado de espírito.
Dentro
dessa ótica de conscientização, nosso Distrito tem programado nos últimos três
anos, os chamados Fóruns de Conscientização Rotária que procuram explorar
alternativas de instrumental para o trabalho junto à comunidade, além do
tradicional que, muitas vezes, se confunde com caridade, filantropia,
assistencialismo, paternalismo e assemelhados.
Companheiros...a conscientização, além do seu mais largo espectro, profundidade
ou abrangência é a mais duradoura das " missões didáticas rotárias",
pois , como o nome diz, toca na consciência: pode alterar valores, mudar
crenças e ajustar paradigmas.
O
Presidente James Lacy nos fala e dá exemplos de sonhos de Rotary que podem se
tornar realidade se quisermos, se estivermos conscientes e acreditarmos neles.
Relembrando a frase dos jovens... Tudo isso acontece quando eu, rotariano,
decididamente "caio na real", ou como diz minha filha
caçula..."cai a ficha"...
O sonho
de Paul Harris renasce a "cada ficha que cai"...
(Janeiro de 1998)