PLANTIO DA ÁRVORE DA II
CONFERÊNCIA DISTRITAL
Aprendemos
desde a tenra idade de que a árvore é um dos
principais representantes do reino
vegetal. Sua importância se ressalta se atentarmos para o fato de que o próprio reino vegetal é
o elo de ligação, o elo fundamental,
entre os dois outros reinos,
mineral e animal.
Quando pensamos na preservação do planeta terra, registramos que o próprio Rotary levantou esta bandeira há alguns e o Gov. Fohed a encampou com seu vitorioso arrastão ecológico deste ano. Na realidade, podemos nortear as ações colocando como foco das preocupações
o solo, a água e o ar: a preservação
estará assegurada, se assegurados estiverem
as preservações do solo, da água e do
ar, tripé onde se apoia a vida.
Qual a importância especifica da árvore nesse contexto?
A
árvore protege e recupera o solo...
A
árvore mantém e purifica a água...
A árvore renova e purifica o ar...
Solo.. água.
..ar. ..vida.
Mas, o que é árvore? O que é, ou será, essa modesta muda de Jacarandá Mimoso que plantaremos a seguir? Assim isolada, com esse ar modesto e desprotegido, conseguirá
realmente esse milagre da
salvação do planeta terra, da
preservação da vida?
Sim, desde que a vejamos como uma declaração de intenções de uma floresta, como urna promessa, um gesto de boa-vontade de todo um reino vegetal.
Da
mesma forma se olharmos para nossa instituição. O cumprimento do objetivo do Rotary por um rotariano pode resgatar
os princípios fundamentais da humanidade e melhorá-la? Sim,
desde que isto seja como uma
declaração de intenções que pode ser assumida por um clube, um distrito, uma associação de lideres e profissionais do mundo todo.
Desafiados
a sonhar, se uma árvore fosse um rotariano, qual seria o objetivo
rotário de sua associação, a floresta?
Imaginemos
o resultado de uma convenção dos três reinos, na qual foi discutido e votado o objetivo da floresta. Talvez fosse o seguinte:
“O
objetivo da floresta é apoiar e defender a chama da vida, como segurança
da terra, promovendo e apoiando:
PRIMEIRO : o desenvolvimento da integração dos reinos mineral e animal como elemento capaz de assegurar
oportunidades de sobrevivência e desenvolvimento mútuos;
SEGUNDO
: o reconhecimento do mérito de cada participante dessa cadeia vital destacando que nenhum elo
é mais importante que outro;
TERCEIRO
: a melhoria da natureza pelo desempenho consciente, responsável e harmonioso
de cada elo isolado e no conjunto; e
QUARTO
a aproximação de todos os elementos naturais do planeta visando a consolidação da visão de que as barreiras e fronteiras geográticas e raciais são meras convenções do reino animal, que chegou por último e se julga o soberano e o dono de tudo”.
Abrindo
um parêntesis, quando esta declaração foi discutida e votada, os representantes
do reino animal, principalmente a ala
minoritária dos humanos, além de
protestarem veementemente e abandorem o plenário numa algazarra
inacreditável, votaram contra a redação
do quarto ítem.
Como ala minoritâria, democraticamente
foram derrotados.
Segundo
consta, e como represária, declararam guerra contra os outros dois reinos, contra o próprio reino
e há milénios procura destruí-los, e por incrível que possa parecer, procura destuir a todos, indistintamente. Graças a uma notável resistência
dos reinos agredidos e um reduzido
grupo de dissidentes do próprio reino
animal, sub-reino dos humanos,
não conseguiram seu intento.
Ainda...
Alguns
exemplos de dissidentes?
Uma abelha que poliniza uma
flor...
Uma gralha que enterra um pinhão
do Paraná...
Um homem que planta uma árvore...
O plantio dessa árvore é
uma declaração de intenções,
melhor dizendo, é uma demonstração de que nós rotarianos,
presentes nesta conferência, podemos ser ou nos tornar dissidentes também.
A natureza, o planeta terra, a vida agradecerão.
(Maio de
1998)